Funcionário que matou patrão para jogar no ‘Tigrinho’ é condenado a 26 anos de prisão em Cuiabá

Ele matou o ex-patrão e usou o cartão bancário da vítima para apostar no jogo “Tigrinho”

Por: Redação

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(Autor da imagem: Reprodução)

O juiz Marcos Faleiros da Silva, da Quarta Vara Criminal de Cuiabá, condenou Gilvânio dos Santos a 26 anos e 6 meses de prisão pelos crimes de latrocínio e ocultação de cadáver. Ele matou o ex-patrão e usou o cartão bancário da vítima para apostar no jogo “Tigrinho”.

O crime ocorreu em setembro do ano passado. Gilvânio, de 27 anos, assassinou o empresário Mário Martello Júnior, de 68 anos, após uma discussão. Em seguida, roubou os cartões do idoso e gastou cerca de R$ 1 mil em apostas. Dias depois, o corpo da vítima foi encontrado em avançado estado de decomposição, oculto sob entulhos no pátio da empresa Via Verde Reciclagem, no bairro Jardim Industrial.

Testemunhas relataram que, antes do crime, a vítima foi ameaçada com uma barra de ferro. Familiares denunciaram à polícia o uso indevido do cartão bancário e do celular, inclusive com mensagens falsas pedindo dinheiro. Pressionado pelas evidências, Gilvânio confessou o crime, afirmando que agiu sozinho e utilizou um equipamento da empresa para transportar o corpo.

Durante o julgamento, o Ministério Público de Mato Grosso (MP-MT) argumentou que, apesar de o réu negar intenção de matar para roubar, a subtração dos bens comprova o crime de latrocínio. Em sua defesa, Gilvânio alegou que a morte foi consequência de uma briga motivada por atraso salarial e disse estar arrependido.

Na sentença, o juiz rejeitou a tentativa de desclassificação do crime para homicídio, destacando que as provas demonstram a intenção do réu de obter vantagem financeira. Além disso, ficou comprovado que ele ocultou o corpo da vítima ao enrolá-lo em lona plástica e escondê-lo entre entulhos.

O réu ainda usou o cartão da vítima em supermercados, bares e outros estabelecimentos, evidenciando frieza emocional”, destacou o magistrado. Considerando o concurso entre os crimes, a pena total foi fixada em 26 anos e 6 meses de reclusão, a ser cumprida em regime fechado. A prisão preventiva foi mantida.

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