Na terceira sessão ordinária de 2025, realizada na manhã desta segunda-feira (17), os vereadores de Lucas do Rio Verde aprovaram o Projeto de Lei N. 08/2025, de autoria do Poder Executivo Municipal, que estabelece um reajuste de 4,83% nas remunerações dos profissionais da educação básica da Rede Municipal de Ensino, bem como dos demais servidores ativos, inativos e pensionistas da Administração Direta e Indireta do Município.
De acordo com a justificativa apresentada pelo Executivo, o índice foi definido com base no IPCA acumulado nos últimos 12 meses, além de estudos técnicos que avaliaram a viabilidade financeira do município para a concessão do reajuste.
Reivindicações dos sindicatos
Ao longo da semana anterior à votação, os vereadores realizaram reuniões com representantes do Sindicato dos Profissionais do Ensino Público (Sintep) e do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sinserpm). Ambos demonstraram insatisfação com o percentual proposto pela prefeitura.
A presidente do Sintep, Márcia Botim, destacou que a categoria reivindica um reajuste de 10,27%, além de uma reestruturação salarial de 22,5%, relacionada a acordos e promessas não cumpridos pela gestão anterior. Segundo ela, a não concessão desses percentuais pode levar ao achatamento salarial dos profissionais da educação, e uma greve não está descartada. A decisão será discutida em assembleia na próxima quinta-feira (20).
Já o Sinserpm solicitou uma RGA de 9%, composta por 4,83% de recomposição inflacionária e 4,17% de ganho real.
Ajuste no auxílio-alimentação
Além da recomposição salarial, a Câmara também aprovou o aumento do auxílio-alimentação para R$ 630,00. O benefício será acrescido ao salário mensal de todos os servidores, independentemente da faixa salarial.
Segundo o Executivo Municipal, a medida visa melhorar as condições financeiras dos servidores e, consequentemente, refletir na qualidade dos serviços prestados à população.
Debate e votação
Durante a sessão, o vereador Hélio Kaminski solicitou vistas ao projeto, alegando a necessidade de ampliar o debate sobre o percentual da recomposição salarial e as reivindicações dos servidores. No entanto, o presidente da Câmara, vereador Aírton Callai, afirmou que a prefeitura já havia sinalizado que não faria alterações no índice proposto e que o adiamento da votação poderia atrasar o pagamento dos servidores.
Diante disso, a maioria dos parlamentares rejeitou o pedido de vistas por cinco votos a três. O projeto foi aprovado, com voto contrário do vereador Hélio Kaminski.