No entanto, especialistas alertam que esses dispositivos, aparentemente inofensivos, escondem riscos graves, como a dependência química e a iniciação ao tabagismo, um dos principais causadores de mortes evitáveis no mundo.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o uso de cigarros eletrônicos triplica as chances de um jovem iniciar o tabagismo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) reforça que o tabaco está associado a doenças cardiovasculares e a 18 tipos de câncer, como os de pulmão, boca e esôfago. No Brasil, 443 pessoas morrem diariamente devido ao fumo.
Dependência
A nicotina afeta diretamente o sistema nervoso central, estimulando a produção exagerada de dopamina, um neurotransmissor associado ao prazer. Um estudo recente do Instituto Nacional de Câncer (INCA) constatou que o uso de cigarros eletrônicos aumenta em mais de três vezes o risco de iniciação ao tabagismo.
Quero largar de fumar
O vício em nicotina não é apenas uma questão de escolha, mas uma compulsão difícil de superar. O tratamento exige acompanhamento médico multidisciplinar, incluindo suporte psiquiátrico, uso de adesivos de nicotina e medicamentos para reduzir a ansiedade.
Uma estratégia eficaz é substituir o prazer prejudicial pelo saudável. Exercícios físicos, como caminhada e corrida, estimulam a produção de dopamina e serotonina, contribuindo para o bem-estar.
O Dia Mundial Sem Tabaco, celebrado em 31 de maio, busca conscientizar sobre os danos causados pelo cigarro. Para pacientes diagnosticados com câncer, parar de fumar pode melhorar significativamente a resposta ao tratamento e aumentar a sobrevida. Mesmo para fumantes em geral, os benefícios são expressivos: após cinco anos sem cigarro, o risco de câncer de pulmão cai pela metade.
Apesar das dificuldades da abstinência, abandonar o tabaco é essencial para uma vida mais saudável. Quanto antes a decisão for tomada, maiores serão os ganhos em qualidade de vida e longevidade.