Neri Geller nega que tenha pedido demissão do Ministério da Agricultura

Ex-secretário de Política Agrícola pede retificação sobre anúncio feito pelo ministro Carlos Fávaro

Por: Hipernotícias

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(Autor da imagem: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)

O ex-secretário de Política Agrícola, Neri Geller (PP), enviou um e-mail ao ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), negando que sua exoneração tenha se dado “a pedido”. A mensagem foi divulgada pelo site Globo Rural. O e-mail vai na contramão das declarações de Fávaro, na tarde desta terça-feira (11). Segundo o ministro, Neri foi pressionado ao ter seu nome e do filho, Marcelo Piccini Geller, envolvidos em suspeitas de fraude no leilão do arroz e decidiu sair do governo. Embora o tenha desabonado de qualquer irregularidade, Fávaro aceitou o pedido. 

“Acuso o recebimento do processo de minha exoneração, entretanto, tal exoneração não se deu a pedido, como nela exposto. Quero a retificação da mesma”, requereu Neri Geller no e-mail enviado ao ministro. 

Segundo Fávaro, a conversa com Neri aconteceu durante a manhã, em seu gabinete, horas depois que o desligamento vazou na imprensa. O leilão foi cancelado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Conforme a denúncia de deputados federais, o filho de Geller seria sócio de Robson Luiz de Almeida França, que também é ex-assessor de Neri. Robson teria intermediado 44% das transações do leilão, totalizando R$ 580 milhões, por meio da Bolsa de Mercadorias de Mato Grosso. No entanto, Carlos Fávaro esclareceu que a empresa não estava operando e não fez lances.

Além da empresa não estar em atividade, segundo o ministro, o ex-secretário ainda frisou que as transações teriam ocorrido antes de assumir o cargo no Mapa, isentando-o de qualquer relação para favorecer o filho no leilão. 

Nos bastidores, apoiadores de Neri Geller tentaram desmentir os rumores sobre a demissão, afirmando que o ex-secretário teria recebido o comunicado do seu desligamento pela imprensa. Para colocar um ponto final ao rumores, o ministro veio a público e garantiu que o pedido partiu do próprio Neri, e ele apenas acolheu. 

 

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