O governo vai anunciar nesta terça-feira (18) a proposta de ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês. A medida, que ainda precisa ser aprovada e não valerá para as declarações deste ano, vai beneficiar mais de 26 milhões de pessoas, que ficarão totalmente isentas do IR.
O anúncio será feito em cerimônia no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministros, e os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), além de lideranças do Congresso.
Segundo o projeto, quem recebe entre R$ 5 mil e R$ 7 mil terá um desconto parcial, que será reduzido gradualmente conforme o aumento da renda.
💰 A previsão da equipe econômica é de que a ampliação da isenção gere uma perda de arrecadação de cerca de R$ 26 bilhões em 2026 — valor citado também pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Essa redução será permanente, mas os valores podem variar nos anos seguintes.
Quando começa a valer?
A expectativa é que a nova faixa de isenção passe a valer a partir de 2026. Essa medida cumpre uma promessa de campanha do presidente Lula e tem como objetivo beneficiar principalmente a classe média. O governo também aposta na medida como uma forma de melhorar a popularidade do presidente, que vem sofrendo desgaste com temas como a fiscalização do PIX e o aumento dos preços dos alimentos.
Como vai funcionar?
O Imposto de Renda é, geralmente, descontado direto da folha de pagamento. Com a nova regra, quem ganha até R$ 5 mil terá o desconto zerado, o que aumentará o valor líquido recebido no salário.
A mudança não significa um aumento de salário, mas o trabalhador terá mais dinheiro na conta, já que o IR deixará de ser descontado dessa faixa.
O valor líquido que o trabalhador efetivamente recebe, será maior, porque não haverá mais o desconto do imposto para quem ganha até R$ 5 mil.
O custo da ampliação da isenção do IR, segundo o ministro Fernando Haddad, pode chegar a R$ 27 bilhões.
